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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

SEBASTIÃO PEREIRA

Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, no dia 1º. de abril de 1948.
Dedica-se à Literatura, cultivando, além da poesia, o gênero conto.
Obras: "Ausência", "Contrastes" (poesias, inéditas);
alguns sonetos publicados no Jornal de Poesia, de Recife.
 

 

ANUÁRIO DE POETAS DO BRASIL.  2º. VOLUME.    Organização de Aparício Fernandes    Capa  de Ney Damasceno.  Rio de Janeiro: Folha Carioca Editora Ltda., 1977.  496 p. 

Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

         UM ARTISTA

       Cruzaste em vão todas as latitudes,
sequioso de uma intérmina ventura,
que compensasse as dores da procura,
— ventura com que agora não te iludes.

Da vida suportaste os golpes rudes,
sempre velando essa íntima tortura
do espírito transido de inquietudes,
na conquista de um bem, — que nem perdura.

Alma eleita, num mundo de tristeza!
Fizeste uma obra de arte, da desgraça
que consumiu teus dias sem grandeza;

achaste o Bem — não a ventura escassa,
mas outra superior, porque a Beleza
é uma felicidade que não passa.

 

 

       SCHOPENHAUER

Alta noite. Num quarto, em solidão completa;
dos homens afastado, imerso na descrença,
Schopenhauer cogita... Uma quietude imensa
dá-lhe a austera expressão de um bíblico profeta.

Pondera sobre a dor, de que a vida é repleta,
com que o homem combate em agonia intensa,
até que se execute a natural sentença
da Morte, a dor final, que outras dores aquieta.

As seduções do Amor, neste orbe miserando,
que a existência eterniza, essa vil impostura,
e outras mentiras mais, assim, vai divisando,

qual águia solitária, em grandiosa altura,
que, em silêncio, ficasse, imóvel, contemplando
o espetáculo atroz da humana desventura.

 

 

       ESTRANHO ANIMAL

Existe um animal fantástico e nefando
que deixa por onde anda os germens de seu mal,
que as montanhas escala e os mares vai singrando,
e que avassala tudo, estúpido e brutal.

Não conhece poder que se lhe oponha quando
em alguma região assoma colossal;
e o quanto houver de belo ali vai arruinando,
violando à Natureza o seio virginal.

A selva, o rio, o vale, os montes elevados,
quando ele surge, são em breve, devastados,
que nada escapa à sua arrasadora mão;

nada o detém e nada aplaca a sua ânsia
de tudo conquistar, anular a distância:
este estranho animal é a Civilização.

      

 

*

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Página publicada em junho de 2021


 

 

 
 
 
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